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Mesada: educação financeira desde cedo


A cada mês mais pessoas tem seus nomes incluídos nos registros do Serasa por inadimplência. Pegando o mês de maio como exemplo, quase 60 milhões de brasileiros não conseguiram pagar as contas. Não saber administrar os gastos é um problema que pode ser minimizado quando se é educado financeiramente desde cedo. De acordo com especialistas, dar mesada para crianças e adolescentes pode ser um método eficaz para aprender a lidar com o dinheiro.


Segundo João Bosco Mousinho Reis, economista da Estácio de Sá, um dos benefícios da mesada é o de ensinar a criança que dinheiro é difícil de ser adquirido e que o valor dele reside no poder de compra de um produto ou serviço, mas que também é importante ter uma reserva financeira para o futuro.


“Quando a criança desenvolve a ideia de valor das coisas que deseja, como um brinquedo, por exemplo, isso abre uma janela de oportunidade para ela aprender a lidar com dinheiro. Claro que o entendimento de matemática também deve ser considerado para que o aprendizado seja adequado”, explica o professor.


Para a psicóloga do Hapvida Saúde, Lívia Vieira, os pais têm papel primordial como exemplo para os filhos. Cabe a eles conversar e ensinar o valor de dinheiro e como administrá-lo de maneira responsável. É importante, também, mostrar confiança, para que o filho tenha segurança para usar a mesada.


“Os adultos precisam se conscientizar que são o maior exemplo das crianças. Os pais precisam sempre estabelecer elos de confiança e parceria com seus filhos. Não seria diferente no quesito financeiro”, considera a psicóloga.


Na família Santos, as filhas Lara e Luana, de 8 e 12 anos, respectivamente, recebem mesada de acordo com a sua idade. A mãe, Liviane, dá para a mais nova R$ 20,00 a cada quinze dias e R$ 60,00 mensalmente para a primogênita. Depois que as meninas começaram a ganhar mesada, ela conta que percebeu que ficaram mais maduras.


“Sempre fui extremamente responsável com dinheiro e é algo que eu quero passar para as minhas filhas. No início, pensei que não dar dinheiro seria a melhor saída, para não haver descontrole, mas li sobre o assunto e resolvi testar com elas e não me arrependo. Segui algumas orientações e estabeleci quanto e quando cada uma deve ganhar”, relata.


O economista explica, porém, que a mesada não serve para atender às necessidades básicas de uma criança, como alimentação e educação. Ela serve mais como uma forma de dar à criança ou adolescente alguma autonomia sobre o que ela deseja e pode ter. Bosco Reis afirma que o ideal é que a criança faça algo em troca da mesada, como algumas tarefas doméstica simples, para que ela entenda que para ganhar dinheiro é preciso trabalhar para isso.

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