Enxaqueca atinge 30 milhões de brasileiros e é mais comum em mulheres
A dor de cabeça frequente, intensificada com o barulho e a luminosidade, faz parte da rotina de mais de 30 milhões de brasileiros. Além disso, as crises constantes, enjoo e tonturas caracterizam também o quadro clínico da enxaqueca, doença neurológica que ocorre por um desequilíbrio químico no cérebro.
‘‘A enxaqueca, que também é conhecida como migrânea, costuma ser altamente intensa’’, explica Alexandre Seixas, médico neurocirurgião do Hapvida Saúde.
De acordo com o levantamento feito pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN), além de atingir mais de 70% das mulheres e 50% dos homens, as dores são causadas por diversos fatores que desencadeiam uma crise.
‘‘Acontece geralmente devido a exposição de odores fortes, estímulos luminosos e jejum. A predominância sobre o sexo feminino é devido ao papel dos hormônios como desencadeantes’’, diz o neurocirurgião.
Para boa parte das pessoas que sofrem com enxaqueca, a caixinha de remédio é a solução mais rápida de tratamento diariamente. Mas o especialista alerta: “Automedicação é sempre um problema sério. Um medicamento com uso equivocado pode agravar muito um determinado quadro”, alerta.
O tratamento e prevenção são pontuados em duas vertentes pelo médico: “Existem os analgésicos comuns específicos para enxaqueca que devem ser prescritos pelos especialistas. Também existem remédios com efeito preventivo que reduzem ou evitam o aparecimento das crises”.
Além de evitar bebidas alcoólicas, café, temperos prontos, alimentos industrializados e embutidos, o paciente deve sempre procurar um acompanhamento médico.
“Todos devem manter a alimentação saudável. Existem as terapias alternativas, como acupuntura e o uso de toxina botulínica que também são alternativas, além dos medicamentos tradicionais. Mas, todo e qualquer tratamento sempre deve ser indicado e acompanhado por um especialista”, enfatiza Seixas.