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Saúde: quando levar as crianças a uma emergência?

Pediatras alertam para riscos de expor os filhos a outras doenças de forma desnecessária ao levar os filhos a uma unidade de urgência e emergência

"Será que é caso para uma emergência? Uma urgência? Será que dá para esperar para levar ao pediatra?" Essas três perguntinhas podem ser consideradas um verdadeiro dilema para os pais quando se trata de um filho doente. Mas é importante entender que nem todo sintoma que os pequenos apresentam é caso para se levar a uma unidade de urgência e emergência.

Para Isa Schmmit, pediatra do Hapvida, é preciso que os pais não deixem que a preocupação em excesso seja a responsável pelas decisões na hora em que os filhos estão doentes. "O que é necessário aqui é informação, compreensão do que está acontecendo com o filho e entender que nem todo episódio será resolvido pelo médico da urgência e emergência", afirma.

O pediatra é um dos principais profissionais no processo de um crescimento saudável de uma criança. Ele é o responsável pelo acompanhamento e desenvolvimento dos pequenos, conhecendo bem inclusive as doenças e identificando quando algo está errado.

"Antes de levar o filho a uma emergência, deve-se acionar o pediatra que faz o acompanhamento da criança”, afirma Isa. "Ele poderá indicar se o episódio é motivo ou não para levar o pequeno à emergência", destaca.

Cuidado

A pediatra alerta que as emergências e urgências podem ser locais de risco para a saúde das crianças. "Assim como os pais buscam a emergência para levar seus filhos, outros pais e adultos também buscam a unidade e, devido a isso, há um trânsito de pessoas com diversas patologias. Por exemplo: se você procurar um hospital que tenha tido circulação de uma criança com catapora, seu filho pode sim desenvolver essa patologia. Por isso que é importante que a criança seja levada somente quando necessário", diz Isa.

"O primeiro passo de tudo é entender o que está acontecendo com seu filho", afirma a pediatra. Se a criança apresenta febre com menos de 48 horas, coriza, tosse seca, diarreia (mas que não ocorre com frequência, fazendo a criança desidratar), não é necessário levar ao pronto socorro.

Não levar à emergência não significa, porém, que nenhum cuidado precise ser adotado. "Não é para ficar sentado esperando a criança se curar sozinha. É preciso que entrem em contato com o pediatra que faz o acompanhamento da criança, porque ele poderá explicar o que pode ser feito para que a criança melhore”, comenta a médica.

Sinais

Para a pediatra é importante ficar alerta a alguns indícios de que a situação pode ser mais grave. "Caso de desconforto para respirar, convulsões, rebaixamento do nível de consciência, febres que não melhoram mesmo depois do uso de medicações, lesões de pele que não estejam melhorando, sinais de desidratação, vômitos persistentes, entre outras situações mostram que é sim a hora de levar o pequeno a uma unidade de urgência e emergência", afirma Isa.

Espaços lúdicos

Nada melhor que contar com um espaço bem preparado e equipado para os filhos. Pesquisas revelam que ter um espaço lúdico no local do tratamento também auxilia no processo de melhor aceitação do atendimento e dos medicamentos.

Brincadeiras, espaços mais coloridos, até mesmo uma decoração voltada para os pequenos, ajuda na adaptação dos pequenos. Para a diretora do Hospital Antônio Prudente da Hapvida Saúde, Morgana Dantas, também é necessário preparar bem a equipe de atendimento. “Se você trabalhar bem o setor de atendimento, motivando e mostrando a importância de atender bem, de fazer um trabalho humanizado, isso resulta em um atendimento de qualidade”, ressalta.

Urgência e emergência

De acordo com Isa Schmmit, a urgência é para casos onde haja uma situação de desconforto, uma situação que não existe risco de morte, mas que deve ser resolvido em, no máximo 24h, como, por exemplo, uma correção ortopédica por fratura, alguma criança com febre persistente sem melhora, uma desidratação.

Já a emergência é uma situação grave com risco de morte e que deve ser resolvido imediatamente, como, por exemplo, uma parada cardíaca, uma hemorragia, um trauma crânio encefálico com sinais de hipertensão intracraniana, com sinais de coma, uma convulsão de difícil controle.

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