Corrente do bem: mães cuidam dos bebês prematuros dentro da UTI
A atenção e profissionalismo interligam as famílias que têm bebê prematuros dentro da UTI, junto a equipe multidisciplinar do hospital Antônio Prudente de Natal - Hapvida Saúde. O ambiente hospitalar, preparado pelos profissionais da rede para recebem bebês que nasceram antes das 37 semanas de gestação, fazem a jornada da “maternização” ser menos invasiva. Anualmente, em todo o mundo, cerca de 30 milhões de bebês nascem prematuros ou com baixo peso. É o que revela um relatório lançado ano passado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a enfermeira do Hapvida Saúde, Viviane Nascimento, bebês prematuros pedem cuidados especiais desde temperatura corporal à imunidade da criança, por isso ''acolher, amar, humanizar, vibrar, sorrir, chorar faz parte do que vivenciamos junto com os pais''. Nesses momentos de assistência, a profissional de enfermagem esclarece que o hospital realiza projetos de acolhimento. ''Temos alguns dentro da nossa UTI, como do Octonatal que são polvinhos terapêuticos produzidos por artesãos e doados aos prematuros. Além do banho de ofurô com função de relaxamento, temos também o projeto denominado Tecendo o cuidado e compartilhando a esperança na UTI, que consiste no grupo de apoio multidisciplinar, com reuniões semanais abordando diversos temas como cuidado com bebê no pós-alta, amamentação, ordenha e higiene pessoal, por exemplo''. As iniciativas do Hospital Antonio Prudente são vivenciadas pela mamãe Renata Farias que gerou o Pedro Gael, no mês de maio, após 26 semanas gestacionais. O pequeno chegou ao mundo no quadro clínico de prematuro extremo com 27 cm de comprimento e 600 gramas. Segunda ela, o filho está há 5 meses na UTI NeoNatal do Hapvida Saúde. '' O meu Pedro passou mais de trinta dias entubado para ajudar a sobreviver. Foram dias muito difíceis para toda nossa família, muito choro, medo e sempre buscando forças na fé. Com poucas chances de viver, ele se mostrou forte com provas diárias que conseguiria'', explica a mamãe Renata Farias. Por motivo de uma pré-eclâmpsia severa o cotidiano intenso da família passou a ser amparado pelo grupo de apoio e acompanhamento médico da unidade hospitalar. O trabalho é realizado incessantemente para além da saúde, manter o vínculo entre mãe e filho, como explica a enfermeira do Hapvida Saúde, Viviane Nascimento. '' Na UTI neonatal, os bebês ficam na incubadora e fazemos o possível para minimizar esse momento delicado. Os pais , sim, porque a presença paterna faz toda diferença nesse momento de apoio, podem permanecer ao lado do seu bebê, acompanhado evolução e participando de toda vitória: ganho de peso, aumento de dieta, retirada de sonda, exames, extubação'', pontua. Para quem tem o filho internado em uma UTI as conquistas são comemoradas a cada avanço de melhora e o instinto maternal é substituído por uma intensa luta por sobrevivência da mãe e do filho. '' Com quadros de evolução que sempre surpreenderam, nós tivemos suporte e dedicação de uma equipe de médicos e profissionais da saúde comprometidos, sempre dispostos a esclarecer as dúvidas que surgiam e aptos a nos ouvir. Todos os dias tínhamos motivos para comemorar'', revela ainda a mamãe Renata Farias. As iniciativas fazem a diferença na melhora e ajuda no ganho de peso, padrão cardíaco e respiratório, durante o período de internação, principalmente, em algumas situações que duram meses. A equipe da UTI Neonatal do Hapvida Saúde também realiza a comemoração todo mês dos aniversários dos bebês e fazem juntos a 'hora do soninho' com música diminuição de luminosidade e silêncio. '' O maior sentimento que tenho, diante de quase 140 dias de internação, é gratidão. Primeiramente a Deus, a minha família, ao papai e a todos que compõe a equipe Neonatal do Hapvida Saúde'', finaliza Renata Farias.
Fotos: Arquivo Pessoal da Família